As principais federações dos cerca de 100 mil trabalhadores dos Correios (Findect e Fentect) agendaram assembleia geral no próximo dia 10 para deliberar a respeito de decretação de greve na estatal, que foi incluída em agosto passado no programa de privatizações do governo federal.
Há tendência a favor de aprovação da paralisação, inclusive com avaliação de medidas mais radicais, como a ocupação dos prédios da empresa. Um dos principais motivos é que a direção decidiu, na sexta-feira, 30, suspender as negociações com as entidades dos trabalhadores que estavam sendo intermediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Outro é o reajuste salarial de 0,8%. De resto, as entidades lançaram campanha contra a privatização.
A direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos rejeitou a proposta apresentada pelo vice-presidente do TST, ministro Renato de Lacerda Paiva, de prorrogação das cláusulas do atual acordo coletivo de trabalho e de continuidade da mediação para evitar ação judicial.
Na quarta-feira passada, 28, o vice-presidente da Corte, ministro Renato de Lacerda Paiva, havia decidido prorrogar os termos do acordo coletivo por mais 30 dias a partir de domingo passado, 1º. Em igual período, haveria a manutenção do plano de saúde para os pais dos empregados que se encontram em tratamento e dos atendimentos de urgência e de emergência.
ALÉM DO FATURAMENTO
O novo presidente da estatal, general Floriano Peixoto, enviou ofício ao vice-presidente do TST, apontando os custos com o funcionalismo para impedir a prorrogação das cláusulas do acordo coletivo, a exemplo de “79 cláusulas que transbordam a previsão da Consolidação das Leis do Trabalho”. E compara que na ECT um carteiro com motocicleta custa R$ 10 mil, enquanto nas empresas concorrentes gastam, em média, R$ 2,5 mil com entregadores terceirizados
Em nota, a assessoria dos Correios afirmaram que as propostas das federações “superam até mesmo o faturamento anual da empresa”. Informou que, desde o início de julho, a empresa participou de 10 encontros com os representantes dos trabalhadores que foram intermediados pelo TST.
“Durante as reuniões, a empresa apresentou sua real situação econômica e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado na ordem R$ 3 bilhões”, detalhou.
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