A Avianca Brasil informou em comunicado nesta terça-feira (26) que vai fechar suas bases nos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), de Petrolina (PE) e de Belém (PA) a partir de 1º de abril.
A decisão, segundo o documento, é parte do plano de recuperação judicial da empresa, que está reestruturando a sua operação.
A Avianca divulgou ainda que reduziu o tamanho da sua frota com o objetivo de operar 23 destinos com 26 aeronaves. De acordo com a companhia, a readequação acontecerá progressivamente durante o mês de abril e as 32 rotas remanescentes continuarão a ser operadas normalmente, com pousos e decolagens mantidos dentro do cronograma previsto.
Passageiros que já compraram bilhetes para algum dos destinos descontinuados poderão optar pelo reembolso integral do valor pago na tarifa ou, ainda, pela realocação em voos de empresas parceiras.
AQUISIÇÃO PELA AZUL
A concorrente Azul assinou no começo deste mês um acordo para comprar a Avianca Brasil por R$ 406 milhões. A aquisição prevê a venda de uma parte significativa da empresa e inclui 30 aeronaves, 70 slots (autorização de pousos e decolagens) e certificado de operador aéreo por R$ 406 milhões.
Os ativos ficarão reunidos sob uma estrutura conhecida como UPI (Unidade Produtiva Isolada), fazendo com que a dívida não seja assumida pela Azul.
No pacote, a compra dos slots nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos tem sido tratada por executivos da Azul como a chave do negócio, uma evolução que a colocará em condição de disputar a ponte aérea com as gigantes Gol e Latam.
Nesse mercado, a Azul ainda tem menor força porque lhe faltam slots nos principais aeroportos do país.
Atualmente, a Azul, que é a terceira maior empresa aérea brasileira, tem 5% dos slots diários de Congonhas, patamar que seria impulsionado pelos quase 8% da Avianca Brasil, apesar de ainda distante de Latam e Gol, que dividem 80% dos slots no terminal.
Mas o porte da Azul, turbinada pelos ativos da Avianca, fica respeitável, segundo executivos das outras companhias aéreas.
Em termos de participação de mercado doméstico, Azul e Avianca Brasil somadas se equiparam à fatia da Latam, que tem pouco mais de 30%.
Há cerca de dez anos, a Azul se posicionou no mercado doméstico como a empresa que batalharia pela liderança na aviação regional, com o maior número de cidades atendidas e sem ambição de disputar trechos mais concorridos, como São Paulo a Brasília ou ao Rio. Estabeleceu seu centro de operações no aeroporto de Campinas, e dali cresceu até superar cem destinos.
Nos últimos anos, avançou em destinos internacionais como Lisboa e Flórida e agora terá a chance de disputar clientes da ponte aérea.
O plano da Azul é absorver pilotos e comissários da Avianca para operar os aviões.
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