© Sergio Moraes Bombeiros resgatam maquinista preso nas ferragens após colisão de trens na estação São Cristovão, no Rio de Janeiro – 27/02/2019
O maquinista que foi retirado das ferragens de um dos trens que colidiu na Estação de São Cristovão, no Centro do Rio de Janeiro, não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde desta quarta-feira, 27. Minutos antes da confirmação do óbito, ele havia sido socorrido desacordado de dentro da composição, depois de um resgate que durou mais de sete horas. As equipes ainda tentaram reanimar o condutor, sem sucesso.
A colisão aconteceu por volta das 6h55. O condutor se manteve lúcido durante boa parte da operação do Corpo de Bombeiros e respirava com auxílio de um balão de oxigênio. Após o fim do resgate, os bombeiros chegaram a se abraçar e comemorar a conclusão da operação.
Outras oito pessoas ficaram feridas na colisão. Sete delas foram encaminhadas ao Hospital Souza Aguiar e outra ao Hospital Salgado Filho — todas sem gravidade.
Em nota, a SuperVia lamentou o acidente e informou “que já instaurou uma comissão de sindicância que terá 30 dias para apurar as causas da colisão”. Ainda segundo a empresa, os vagões não estavam muito cheios porque eles operavam no contrafluxo.
Situação na ferrovia
O impacto da colisão fez com que um dos vagões descarrilasse. A concessionária informou que os trens que seguem da estação Deodoro para a Central do Brasil na linha vermelha não vão parar na estação São Cristóvão.
“Os trens deste ramal estão com intervalos irregulares e não estão parando na estação Praça da Bandeira, no sentido Deodoro, e na estação São Cristóvão, no sentido Central do Brasil. Os passageiros estão sendo informados pelos canais de comunicação da concessionária. A empresa está instaurando uma sindicância para apurar as causas do acidente”, diz a empresa.
A estação São Cristóvão serve de ponto de transferência para outras quatro linhas de trens do Rio de Janeiro (Santa Cruz, Paracambi, Belford Roxo e Saracuruna). A operação nestas linhas não foi afetada.
Segundo a concessionária, os dois trens envolvidos no acidente são equipados com o ATP (Automatic Train Protection), equipamento que reforça o sistema de sinalização dos trens e da via. Ou seja, verifica se a velocidade do trem é compatível com a permitida pela sinalização. No momento do acidente, um trem chegava à estação de São Cristóvão, enquanto o outro estava parado na plataforma.
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