O Governo de Pernambuco vai investir R$ 1,4 bilhão nos próximos quatro anos para reestruturar a rede de internet e telefonia do Estado – a chamada intranet, que faz a conexão de órgãos estaduais como secretarias, escolas, hospitais e delegacias. E, desta vez, os recursos podem ir para empresas estaduais. É que os serviços serão licitados por partes e, por isso, poderão ser realizados por provedores de médio porte.
Presidente da Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI), Romero Guimarães explicou que a rede interna do Estado, também chamada de PE Conectado, está defasada porque há seis anos não recebe melhorias. Por isso, o Governo vai reestruturar suas conexões, instalando redes de fibra óptica em todo o Estado. Além dos serviços básicos de internet e telefonia, haverá melhorias na segurança e no controle dessa rede, para que não haja risco de as informações serem desviadas do âmbito estadual.
Os serviços serão licitados separadamente: haverá lotes específicos para a construção da rede de fibra óptica que vai ligar os prédios do governo e para o fornecimento de internet, telefonia fixa e telefonia móvel. O valor de R$ 1,4 bilhão, porém, vai abranger todos esses lotes – por um período de quatro anos no caso da manutenção da rede de fibra e de dois anos no fornecimento de internet e telefonia.
“Antes, era apenas um contrato, o que limitava a licitação às grandes operadoras de telefonia. Agora, porém, dividimos em lotes. Então, provedores locais também terão chances de participar”, contou Guimarães, dizendo que esses provedores podem até oferecerinternet mais veloz para o interior do Estado. “Os provedores locais estão chegando com rede de fibra às pequenas cidades, quanto as grandes operadoras preferem ficar nas grandes cidades”, justificou o presidente da ATI, dizendo que essa medida também trará benefícios financeiros. “Vamos incentivar a economia local, já que há pequenos e médios provedores de Pernambuco. E também podemos ganhar economicidade, já que esse aumento de concorrência pode melhorar os preços cobrados aos Estado”, afirmou, revelando que, com as propostas em mãos, o governo vai tentar reduzir o valor máximo dessa licitação.
As propostas devem ser entregues à ATI até o 8 de outubro. Segundo o setor privado, o governo quer concluir logo o edital porque o contrato anterior, com a Oi, já venceu. E os empresários esperam que o prazo realmente seja mantido. Fontes que preferiram não se identificar explicaram que, no primeiro semestre, o governo já sinalizou para a realização deste certame, mas acabou cancelando a iniciativa, o que propiciou a realização de um contrato emergencial com a Oi.
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