O aumento das estimativas de inflação fez o governo revisar para R$ 1.006 o valor do salário mínimo para 2019. A proposta, presente no Orçamento Geral da União, foi enviada nesta sexta-feira (31) ao Congresso Nacional.
Caso a projeção seja confirmada, os trabalhadores que recebem remuneração ligada ao mínimo terão um aumento de 5,45% (R$ 52) em relação aos R$ 954 pagos atualmente.
Como a previsão de economistas ouvidos semanalmente pelo BC (Banco Central) para a inflação deste ano é de 4,17%, o novo salário mínimo representará um ganho real de 1,22% aos profissionais.
Em 2019, a fórmula atual de reajuste será aplicada pela última vez. Pela regra, o mínimo deve ser corrigido pela inflação do ano anterior, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) — soma dos bens e dos serviços produzidos no país — dos dois anos anteriores.
A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que fixa parâmetros para o Orçamento do ano seguinte, estabeleceu o salário mínimo em R$ 998, o que não deveria compensar a perda real causada pelo reajuste da remuneração neste ano.
A previsão considerou o crescimento de 1% do PIB de 2017 mais estimativa de inflação pelo INPC de 3,3%. Inicialmente, o governo tinha proposto salário mínimo de R$ 1.002.
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