Pernambuco já registra 21 mortes por gripe este ano

Pernambuco registrou alta de 31,2% nas mortes em decorrência de influenzas nas duas últimas semanas. Segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES), de janeiro até o último dia 2 deste mês foram confirmados 16 óbitos. Até o último dia 10, este número saltou para 21. São 15 por H1N1 e seis para H3N2. A maior parte deles foi em idosos. Sete falecimentos foram registrados em pessoas maiores de 60 anos, público prioritário na campanha de vacinação contra gripes no SUS. Outra faixa de idade que responde por mais mortes são as de crianças. Entre os menores de 2 anos ocorreram quatro óbitos. Outras duas tinham entre 2 anos e 9 anos de idade.
Os dados atualizados apontam a notificação de 1.515 casos deSíndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O número é 19,8% (1.264) maior que os dados no mesmo período de 2017 e 1,6% superior à semana epidemiológica de 29 de janeiro a 2 de agosto.Do total de quadros de SRAG, 93 foram provocados peloH1N1, 47 pelo H3N2, dois por influenza B, um por VSR e um por parainfluenza 1. O maior aumento foi de H1N1, que subiu 9,4% no período analisado. Alguns dos adoecimentos por H1N1 são descritos no relatório estadual como infecção simultânea por H3N2.
A SES informou que vários estados do Nordeste, como Bahia, Ceará e Piauí, além de outras localidades do Brasil, estão mantendo esse padrão de aumento de casos em relação ao ano passado. Um dos fatores que explicam essa tendência é que, neste ano, houve uma circulação expressiva de mais de um subtipo da influenza A (normalmente é só um), além da B. Em relação às mortes, de acordo com a Secretaria de Saúde, quase todas ocorreram em abril, maio e junho. Apenas um óbito foi registrado em julho. As informações só foram liberadas agora.
Os dados gerais da Campanha de Vacinação contra Influenzas no Estado apontaram que 101,9% do público alvo foram imunizados em 2018 – ou seja, mais que a meta. A campanha tinha como grupo prioritário crianças entre 6 meses e menores de 5 anos, idosos, gestantes, puérperas (mulheres que tiveram filhos até 45 dias), trabalhador de saúde, professores, povos indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, além de pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis. O esforço vacinal do SUS foi concluído no fim de junho, seguindo o calendário nacional.

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