Frutas, verduras, legumes, frango, porco, embutidos e outros alimentos perecíveis já estão em falta em supermercados e centrais de abastecimentos de, ao menos, 13 estados brasileiros. A informação é da Associação Brasileira de Supermercados. Esse desabastecimento é provocado pela greve dos caminhoneiros. A categoria pede a redução do preço do diesel. Há quatro dias, os motoristas não permitem que veículos com carga sigam viagem para repor os itens nas prateleiras.
O presidente do Sindicato dos Supermercados do Distrito Federal, Antônio Tadeu Peron, esclarece quais produtos já estão em falta no DF.
Além do capital do país, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Tocantins, Paraíba, Ceará e mais cinco estados sofrem com a falta de produtos perecíveis nas gôndolas dos supermercados.
Muitas verduras, frutas e legumes não chegam mais as centrais de abastecimento de vários estados, devido a greve dos caminhoneiros. Na Ceagesp, de São Paulo, está em falta o mamão formosa e a manga. Na Ceasa, do Distrito Federal, é difícil encontrar tomate e batata-inglesa. Por isso, o preço dos dois alimentos subiu muito. A caixa de 20 quilos do tomate que era vendida a R$60 passou para R$150 como explica o vendedor, Janilton da Silva.
Já o saco da batata-inglesa com 50 quilos, na Ceasa de Brasília, passou a custar R$ 200. Antes o valor era de R$80. A tendência é que a central fique sem batata, se a greve dos caminhoneiros não terminar, como esclarece o vendedor Marcos Bosquini.
A Abia- Associação Brasileira das Industrias de Alimentação informou que existem 363 caminhões parados em estradas de Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Mas segundo a entidade, esse número pode ser muito maior. A Abia declarou que a produção do setor de laticínios pode ser impactada, pois os caminhões não conseguem chegar para recolher o leite das fazendas.
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