Apac define protocolos de operação de barragens durante inverno

Ação envolve, além da agência, SERH, Compesa, Defesa Civil, DER e DNOCS
O Governo do Estado, por meio da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), definiu nesta segunda-feira (23) os protocolos de operação de barragens de contenção de cheias durante este período chuvoso. A ação envolve, além da agência, a Secretaria Executiva de Recursos Hídricos (SERH), vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão; a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa); a Coordenadoria de Defesa Civil (Codecipe); o Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER); e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).
Foram definidos protocolos de operação para os reservatórios das barragens de Jucazinho, Carpina, Glória do Goitá e Tapacurá, na bacia do Rio Capibaribe; e de Serro Azul, na bacia do Rio Una. Jucazinho é operada pelo DNOCS, enquanto que Carpina e Glória do Goitá, apesar de pertencerem ao Ministério da Integração Nacional, são operadas pela Compesa. Já Serro Azul é operada pela SERH. Entre os protocolos definidos estão abertura e fechamento de comportas, interdição de estradas, alertas e mobilização de populações ribeirinhas, que serão acionados caso sejam ultrapassadas as cotas pré-estabelecidas pela Apac para cada reservatório.
À Apac, órgão responsável pelo monitoramento dos rios e das chuvas, compete definir todos os procedimentos operacionais relativos a essas barragens. “Reunimos representantes desses órgãos para definir todos os protocolos e assim atravessarmos este período chuvoso com a maior segurança possível e mantendo a população sempre bem informada, já que o papel do Estado é deixar as pessoas seguras”, afirma o diretor-presidente da Apac, Marcelo Asfora.
Além de operar esses reservatórios de modo a controlar ou minimizar uma possível enchente, a definição desses protocolos também tem como objetivo chegar ao fim do período chuvoso com o maior volume possível de água acumulada para que se possa ter conforto em relação ao abastecimento de água. Nos próximos 15 dias, a Apac irá se reunir com a Defesa Civil do Estado e dos municípios para identificação e monitoramento dos pontos críticos dos rios no intuito de minimizar o impacto para as populações locais em caso de inundações.
Jucazinho – Durante a reunião realizada na sede da Apac nesta segunda-feira, o diretor-geral do DNOCS, Angelo Guerra, anunciou a contratação das empresas que irão realizar a supervisão e as obras de recuperação e melhorias dos vertedouros laterais e da bacia de dissipação da barragem de Jucazinho. Segundo ele, os recursos federais, que somam R$ 39 milhões, já estão assegurados por meio do Programa de Recuperação de Barragens e a obra terá a duração de 12 meses. Essas obras complementam aquelas já realizadas no corpo da barragem e que já garantem a acumulação segura de água nesta barragem.
 “Significa que teremos gente trabalhando no local ao longo de toda esta quadra invernosa, que é justamente o período que se teme o enchimento do reservatório”, disse Guerra. A laje da bacia de dissipação de Jucazinho se rompeu em 2004 durante vertimento e o DNOCS já havia desembolsado R$ 8,9 milhões em ações emergenciais. Agora, será feito um novo vertedouro do tipo “salto esqui” capaz de suportar uma lâmina d’água de até três metros e que lançará o escoamento a 90 metros de distância do pé da barragem, dando uma maior segurança à operação.

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