Próximo passo é levar as demandas de Pernambuco para a Conferência Nacional, em Brasília
Realizada em apenas um dia de atividades, a IV Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir-PE), que aconteceu nesta quinta-feira (27), elegeu 45 delegados e escolheu as demandas mais votadas pelos representantes Quilombolas, Indígenas, Povos e Comunidades Tradicionais, Comitê de Mulheres Negras e Regional Agreste, para serem levadas à assembleia Nacional, que acontece no próximo mês de maio, em Brasília. Do total, 32 delegados representam a sociedade civil, quatro deles como Governo Estadual e nove dos governos municipais.
Enfático sobre a necessidade de união dos movimentos populares na luta pela promoção da igualdade racial, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, falou sobre como o Estado examina as questões relacionadas ao segmento. “Precisamos unir as forças populares que formaram o povo brasileiro e mostrar que podemos conquistar ainda mais quando a luta parte da base da população. E esse é o desejo do governador Paulo Câmara: ouvir a voz do povo. Com intolerância, força bruta, não conquistamos as mudanças que Pernambuco anseia.”
O ato foi acompanhado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), representada por Diego Moreno, chefe de gabinete. “Nossa participação na IV Conepir-PE é legitimar o esforço e empenho do Governo de Pernambuco e da sociedade civil, na construção das políticas de promoção da igualdade racial. Estamos em um caminho de enfrentamento ao desrespeito a pessoas de religião de matriz africana e negros e negras. Estamos atentos ao grande número de jovens negros mortos, assim como a violência doméstica sofrida pela mulher negra no Brasil. Por isso, torcemos para que Pernambuco continue apoiando nossa política e inserindo-a em pautas positivas”, destacou Moreno.
A conferência foi formatada com a divisão dos presentes em quatro eixos de debates. Após a realização desta fase, os participantes apresentaram oito propostas que serão levadas à Conferência Nacional. “A Conepir veio consolidar o processo que temos traçado ao longo do tempo. Para o movimento social, a pauta da igualdade racial avança à medida que os governos, com sensibilidade, entendem que é preciso dar aporte às políticas de promoção deste povo, com a perspectiva de formar, educar e empoderar a comunidade. Assim, ganhamos mais força para continuar nossa trajetória, em busca de alcançar a fraternidade na sociedade brasileira”, comenta o integrante do Movimento Negro Unificado (MNU), José de Oliveira.
Já Miranete Arruda, da coordenação de Saúde da População Negra de Pernambuco, foi com o apoio do Estado e dos movimentos sociais que o processo de enfrentamento ao racismo e a multiplicação de políticas públicas da igualdade racial passaram a ocupar mais espaços na sociedade. “A partir do momento que o Governo de Pernambuco conseguiu institucionalizar as políticas de saúde, cultura e outras, com recorte direcionado à população negra, o segmento já entendeu o reconhecimento da luta. Conquistamos muito e ainda temos mais a fazer. Uma sociedade só alcança definitivamente o respeito, quando entende que é preciso garantir os direitos individuais das pessoas”, disse.
A IV Conepir-PE elegeu cinco representantes da População Indígena; Cinco Quilombolas; 5 de Povos e Comunidades Tradicionais; dois do segmento da Pessoa com Deficiência; Regionais do Interior contaram com três membros; a sociedade civil, com 15 pessoas; nove delegados municipais e outros quatro na esfera estadual. Os escolhidos estarão presentes à próxima Conferência Nacional, programada para acontecer de 27 a 30 de maio, em Brasília.
A conferência também contou com a presença do líder do Governo, na Alepe, Isaltino Nascimento; do secretário Executivo da Casa Civil, Roberto Franca; da Secretária Estadual da Mulher, Sílvia Cordeiro e do promotor do Ministério Público de Pernambuco, Dr. Marco Aurélio Farias.
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