O número de pessoas que estão atrás de emprego no País continuou a crescer em setembro, seja porque foram demitidas ou porque passaram a procurar uma vaga nos últimos 12 meses, segundo os dados anunciados nesta quinta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro, a população desocupada cresceu 56,6% ante igual mês de 2014, a maior alta da série da Pesquisa Mensal de Emprego, que tem dados desde março de 2003 neste confronto.
Isso significa que 670 mil pessoas engrossaram as filas à procura de trabalho nessas regiões no último ano – praticamente um terço dos 1,853 milhão de pessoas que estão desempregadas atualmente nas seis áreas investigadas: Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, e Salvador.
Parte dessas pessoas seguiu tal caminho porque foi demitida no período. Segundo o IBGE, a população ocupada encolheu 1,8% em setembro ante igual mês do ano passado, repetindo a queda recorde já verificada em agosto ante agosto de 2014. Ou seja, 420 mil pessoas perderam o emprego nos últimos 12 meses.
Com essa combinação, a população economicamente ativa avançou 1,0% em setembro contra setembro de 2014, resultado de 250 mil pessoas que ingressaram ou retornaram ao mercado de trabalho – neste caso, abandonando a inatividade. A população inativa, por sua vez, cresceu 0,9% (+170 mil pessoas), uma taxa inferior ao observado até o fim do ano passado, quando avanços entre 3% e 4% eram bastante comuns.
Na comparação mensal, porém, a população desocupada mostrou a primeira baixa desde dezembro do ano passado. Em setembro ante agosto, 4 mil pessoas deixaram essa condição, um recuo de 0,2% no período. Mas não significa que elas conseguiram uma vaga, já que a população ocupada também encolheu 0,2%, ou seja, foram fechados 41 mil postos.
O resultado é explicado pela queda de 0,2% na população economicamente ativa (-45 mil pessoas) em setembro ante agosto e a alta de 0,1% na população inativa (+11 mil). O IBGE sinaliza, porém, que todas essas mudanças na comparação mensal são consideradas “estatisticamente estáveis”.
Fonte: JC
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