Custo dos feriados em Pernambuco será de R$ 909 milhões em 2014


O impacto dos dias de folga para a indústria pernambucana, em 2014, será de R$ 909 milhões, no mínimo. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, por meio de um levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Intitulado "O Custo Econômico dos Feriados", o estudo mostra ainda que as perdas ocasionadas pelos feriados nacionais e estaduais à indústria brasileira podem atingir R$ 45,5 bilhões em 2014, valor 2,8% maior do que o estimado para o ano passado. Em outras palavras, significa dizer que a economia brasileira deixará de produzir até 3,6% do seu PIB industrial.

O impacto dos feriados em Pernambuco deve ser maior porque o estudo da Firjan não levou em consideração, por exemplo, as folgas decorrentes dos jogos da Copa do Mundo.

De acordo com a Federação, os estados mais industrializados são também os que concentram as maiores perdas. Em São Paulo, a conta pode chegar a R$ 15,6 bilhões, enquanto no Rio de Janeiro os prejuízos somam R$ 5,5 bilhões. Minas Gerais e Rio Grande do Sul podem deixar de produzir, respectivamente, R$ 4,5 bilhões e R$ 2,8 bilhões.

O impacto econômico gerado pelos feriados será maior em 2014 porque 30 dos 44 feriados estaduais cairão em dia útil, seis a mais do que no ano passado. Dos 12 feriados nacionais, oito serão em dia de semana, originando pontos facultativos ou a prática de “enforcamentos”. É o caso, por exemplo, do Dia do Trabalho (1º de maio, quinta-feira) e Corpus Christi (19 de junho, quinta). Os feriados da Independência do Brasil (7 de setembro), Nossa Sra. Aparecida (12 de outubro), Finados (2 de novembro) e Proclamação da República (15 de novembro) caem no fim de semana.

O levantamento da Firjan revela, ainda, que os estados do Acre, de Alagoas e do Amazonas são os que possuem o maior número de feriados estaduais em dias úteis (três em cada estado) e, consequentemente, têm maior perda relativa: 4,4% do PIB industrial. Os prejuízos podem somar R$ 64 milhões no Acre, R$ 277 milhões em Alagoas e R$ 1,4 bilhão no Amazonas.

Em seguida, com dois feriados estaduais em dias úteis, aparecem Rio de Janeiro (R$ 5,5 bilhões), Amapá (R$ 40 milhões) e Maranhão (R$ 342 milhões). As perdas estimadas para esses estados são de até 4% do produto industrial.

São Paulo tem um feriado estadual em dia útil, resultando em uma perda de até 3,2% do PIB industrial. É o mesmo caso de outros 14 estados brasileiros: Bahia (R$ 2 bilhões); Ceará (R$ 796 milhões); Espírito Santo (R$ 1,2 bilhão); Mato Grosso (R$ 529 milhões); Pará (R$ 1,3 bilhão); Paraíba (R$ 310 milhões); Paraná (R$ 2,5 bilhões); Pernambuco (R$ 909 milhões); Piauí (R$ 176 milhões); Rio Grande do Norte (R$ 299 milhões); Rondônia (R$ 149 milhões); Santa Catarina (R$ 2,2 bilhões); Sergipe (R$ 295 milhões) e Tocantins (R$ 188 milhões).

O estudo aponta que não haverá feriado estadual em dia de semana em cinco estados brasileiros, cujas perdas ficarão relacionadas aos oito feriados nacionais: Goiás (R$ 990 milhões); Minas Gerais (R$ 4,5 bilhões); Mato Grosso do Sul (R$ 368 milhões); Rio Grande do Sul (R$ 2,8 bilhões) e Roraima (R$ 32 milhões). É a situação também do Distrito Federal, que soma prejuízo de até 374 milhões.

Em busca pela redução do “Custo Brasil” e pelo aumento da competitividade da indústria brasileira, o Sistema FIRJAN defende a revisão de todos os feriados e o fim dos “feriadões”. A Firjan reforça ainda que esses custos serão maiores casos sejam decretados feriados nacionais em dias de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo, além de feriados locais em estados e municípios que sediarão os eventos, conforme prevê a Lei Geral da Copa do Mundo Fifa 2014 de Futebol.

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