Prepare o bolso para as despesas do novo ano

A alegria de celebrar o Ano – Novo, infelizmente, há de durar pouco. Depois das festividades o cidadão-contribuinte vai se deparar com a realidade dos aumentos que atacamo bolso e tiram o sossego já em janeiro. Impostos e taxas somados a inflação, cada vez mais perto do teto estipulado pelo Governo (6,5%), deverão pesar, e muito, nas primeiras contas de 2014. Mais do que isso, podem antecipar o que está por vir nos próximos 12 meses, um ano que já sinaliza ser difícil para a economia do País.
Antes mesmo das festividades de fim de ano, as principais prefeituras divulgaram o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). No Recife e em Olinda, a partir de 1º de janeiro, os contribuintes terão que pagar o tributo com um acréscimo de 5,84%. Esse percentual é o repasse do acumulado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre novembro do ano passado e outubro deste ano.
Para quem tem filhos em idade escolar o aumento das despesas é ainda maior. Os gastos começaram nos últimos dois meses deste ano com a compra do material, que segundo o Procon-PE, apresentam variação de até 180% em seus valores. Além disso, já foi preciso desembolsar a taxa de matrícula para alunos de escolas particulares, que cobram um reajuste acima do índice da inflação. Padrão repetido para a constituição dos preços das mensalidades.
Para os economistas esses e outros aumentos comuns às despesas familiares, como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), calculado com base no valor venal do veículo, sobre o qual se aplica uma alíquota que varia de 1 a 2,5%; aluguel e os itens da cesta básica são um termômetro que indicam um ano de pouco crescimento. Os especialistas estimam, por exemplo, um Produto Interno Bruto (PIB) perto dos 2% e o índice inflacionário no limite do teto de 6,5%.
“As projeções mostram que 2014 não será um dos melhores anos para a economia. Isso já será percebido pelo cidadão no primeiro mês do ano. O poder de consumo estará reduzido”, avalia o coordenador do curso de economia da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), José Alexandre Ferreira Filho.
O clima de pessimismo poderá ser dissipado. Segundo o professor, dependerá do próprio movimento do mercado e das ações do Governo Federal. “São projeções que podem mudar, depende de como as coisas serão conduzidas”, afirma Ferreira Filho.

Fonte - Kleber Nunes da Folha de Pernambuco

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