Na hora de ceder às tentações dos descontos da Black Friday, fique atento para não sair lesado


Quem estava aguardando ansiosamente pela Black Friday já pode comemorar. Desde a 0h de hoje os consumidores que estão em busca de promoções já podem comprar produtos com preços mais acessíveis. Em alguns casos, as lojas prometem desconto de até 80%. Apesar da euforia causada pelas ofertas, é preciso ter muita atenção antes de concluir a compra. Isso porque, além do risco de ter os dados pessoais roubados, os consumidores podem ser lesados, já que nem tudo é o que parece.

Nas edições anteriores, a ProTeste – Associação de Consumidores, identificou irregularidades em algumas ofertas. “Nem todas eram vantajosas como prometiam, o que gerou muitas queixas dos consumidores”, lembra a supervisora institucional da entidade, Sônia Amaro. De acordo com ela, para não comprar “gato por lebre”, é preciso fazer uma pesquisa de preços. “O ideal é que as pessoas tenham comparativos de quanto os produtos custavam antes da promoção, para saber se o desconto corresponde ao que está sendo anunciado”. É bom ficar atento aos valores, porque algumas empresas aumentam o preço dos produtos dias antes da promoção, aplicando o desconto sobre o “preço inflado”.

Em alguns momentos do dia, o número de acessos aos sites cresce. “As primeiras horas após o início da Black Friday e as últimas antes da promoção acabar costumam registrar picos de acesso”, explica Ivo Machado, CEO da TrustSign. De acordo com ele, o movimento também cresce entre o meio-dia e as 14h. “O ideal é que as pessoas não comprem nesses períodos, já que as páginas demoram a carregar”, orienta.

A advogada especialista em direito do consumidor do escritório Pires & Gonçalves Advogados Associados, Maria Elisa Reis, lembra que mesmo durante os períodos de promoção os direitos dos compradores estão garantidos. “Em casos de desistência, por exemplo, o CDC estabelece um prazo máximo de sete dias para comunicar a decisão à empresa”, explica.


É preciso ter cuidado também para não se endividar. A superintendente de serviços ao consumidor da Serasa Experian, Maria Zanforlin, lembra que os parcelamentos não podem comprometer mais que 30% da renda mensal. “Além disso, é preciso estar com o orçamento equilibrado para dar conta das tradicionais despesas de início de ano”, finaliza.

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