Você já entrou em alguma loja especializada em venda de suplementos alimentares? Se já entrou deve ter saído com uma sensação de que agora realmente iria alcançar seus resultados. O vendedor tinha tudo que você sempre desejou ao alcance do seu cartão de crédito. Suplementos emagrecedores (os médicos que tratam da obesidade deveriam ser apresentados aos milagrosos termogênicos), "formadores de massa MUSCULAR", pré e pós-treinos, tudo ali, em um só lugar. Pois é, talvez você ainda não tenha se dado conta que como a indústria da moda, da tecnologia, automobilística entre outras, existe uma "MEGAINDÚSTRIA" dos suplementos alimentares. Essa indústria descobriu que você não tem paciência e disposição para se dedicar a um treino INTENSO e com MUDANÇAS consistentes em seus hábitos comportamentais, e estimula a procura do produto MÁGICO.
A nossa preguiça e o desejo de atingir nossos sonhos com o menor esforço possível, abre o espaço ideal para que as empresas alcancem lucros bilionários. Estima-se que as cifras giraram em torno de US$ 46 bilhões em 2001, no mercado mundial. Tais empresas usam diversos artifícios para ganhar credibilidade diante do mercado, dos quais podemos destacar: interpretação parcial de pesquisas sérias, uso indevido do nome de universidades renomadas, manipulação de dados (geralmente em estudos patrocinados), supervalorização de resultados, estudos que comprovam ações apenas em animais (veja mais detalhes AQUI). Contudo a melhor das estratégias ainda é a dos testemunhos, onde casos de sucessos surpreendentes surgem cada vez que algo novo aparece no mercado. Não podemos negar que um efeito importante na obtenção de supostos resultados se chama EFEITO PLACEBO (veja vídeo abaixo). Simples de explicar: quando estamos convencidos que tal suplemento funciona e investimos nele, nos sentimos mais motivados e começamos a comer melhor, treinar mais e a mudar nosso comportamento, conseguindo mais resultados, mesmo que o suplemento não tenha influenciado diretamente ou tenha apenas uma parcela mínima disso. Isso não é ruim, se você não faz questão em jogar fora algumas centenas de reais, além do risco de contaminação em alguns produtos.
Fonte: Revista Mensch.
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