PT define validade das prévias no Recife.

Não há uma solução boa, apenas a menos pior. Esta é a avaliação de muitos petistas que esperam nesta quinta (24) o fim do impasse sobre quem será o candidato da sigla à Prefeitura do Recife. Em ambiente de tensão e depois de muito desgaste para a legenda, a Executiva Nacional do PT se reúne à tarde para decidir se valida ou não o resultado da prévia disputada no domingo (20) entre o prefeito João da Costa e o secretário estadual de Governo Maurício Rands. Nenhuma saída será fácil e qualquer que seja o resultado, o desfio será juntar os caquinhos.

Formada por 20 integrantes, a Executiva do partido se reunirá às 14h, em São Paulo. Ouvirá as partes e tomará sua decisão com base numa auditoria realizada para identificar se houve irregularidade no processo eleitoral. Os petistas ligados a Rands afirmam que foram incluídos na lista de votantes filiados que não estariam aptos a comparecer às urnas.

Caso a cúpula nacional decida validar a prévia, hipótese vista como improvável, João da Costa é o vencedor. Ele recebeu 7.503 votos, 553 a mais que o seu adversário. Se a decisão for por anular – como muitos previam nesta quarta -, a Executiva irá deliberar então sobre o que fazer. Várias opções estão na mesa: convocar nova prévia, realizar uma eleição apenas entre delegados ou a própria Direção Nacional resolveria qual petista entrar na disputa.

Neste último caso, a direção pode indicar, inclusive, um terceiro nome. Apesar de a discussão ser em torno da tal lista de votação, outras variáveis também pesarão na decisão. O comportamento das partes na prévia, a judicialização do processo interno, o potencial eleitoral de cada um, a relação com os aliados e a capacidade de unir a sigla estão entre os fatores a serem pesados.

“Toda decisão de partido tem sempre o componente político, embora o dado mais importante seja a aplicação do estatuto”, disse Elói Pietá, secretário-geral da legenda. “A disputa foi muito acirrada, tensa, teve declarações pela imprensa. Então o que vai acontecer é uma solução menos pior”, completou. 

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