Entre todos os desportos recreativos, os traumatismos associados às quedas de bicicleta são a principal causa de recurso ao serviço de urgência em idade pediátrica.

Andar de bicicleta continua a ser um desporto recreativo muito popular na nossa sociedade. 
É uma forma saudável e divertida de as nossas crianças e adolescentes praticarem exercício físico aeróbio. No entanto, tal como noutros desportos, andar de bicicleta tem os seus riscos.

Entre todos os desportos recreativos, os traumatismos associados às quedas de bicicleta são a principal causa de recurso ao serviço de urgência em idade pediátrica.

Num estudo efetuado nos EUA em 1998, demonstrou-se que em crianças e adolescentes os traumatismos associados às quedas de bicicleta foram responsáveis por 275 mortes e por 430 mil idas ao serviço de urgência.

Os traumatismos crânio-encefálicos são responsáveis por 2/3 das fatalidades resultantes da queda de bicicleta. 
O uso de capacetes pode prevenir ou atenuar a gravidade dos traumatismos crânio-encefálicos relacionados com a queda de bicicleta, ao absorver parte da energia do impacto e ao dissipar esta energia ao longo de uma maior área de superfície.

O uso de capacete é uma das medidas de segurança mais eficazes na prevenção de acidentes.

Estudos efetuados para avaliar a eficácia do uso de capacetes, demonstraram que, o seu uso pode prevenir cerca de 69% dos traumatismos crânio-encefálicos e 65% dos traumatismos da face.

Infelizmente, apesar da elevada proteção conferida pelos capacetes, poucas são as crianças que normalmente os usam.

Importa, por isso, conhecer as recomendações gerais do uso de capacetes:

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O correto posicionamento e fixação do capacete é essencial para maximizar a proteção. Este posicionamento deve ser:

- paralelo ao chão quando temos a cabeça direita e olhamos em frente,

- ver a aba do capacete quando olhamos para cima,

- adaptar bem na região frontal (testa)

- apertar as tiras de modo que o capacete não se desloque, mas não aperte demasiado (o espaço entre as tiras e o queixo deve permitir a colocação de dois dedos).

• A integridade de um capacete não é ilimitada. Qualquer capacete submetido a um acidente de alta energia, qualquer tipo de embate contra uma superfície dura ou que apresente sinais de desgaste (riscos, fissuras ou amolgadelas) deve ser substituído. Além disso, pelo facto de os materiais se deteriorarem com o tempo, devem ser substituídos a cada 5 anos ou mais cedo, se recomendado pelo fabricante.

É um dever de cidadania incentivar as nossas crianças a usar capacete, explicar a sua importância e servir de modelo, usando-o sempre.

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