O ex-deputado José Mendonça Bezerra morreu neste domingo no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, depois de ser submetido a uma ci-rurgia de emergência no intestino.
No último dia 1º de abril, José Mendonça havia sido internado no Hospital Santa Joana, no Recife, após passar mal, sentindo fortes dores ab-dominais. Na madrugada seguinte, ele foi submetido a uma cirurgia de emergência para a retirada de um tumor. Dias depois, ele foi transferido pa-ra São Paulo.
José Mendonça era pai do deputado e ex-governador Mendonça Fi-lho, o Mendoncinha, e estava internado desde o último dia dois de abril na capital paulista. Com 75 anos, ele era filiado ao DEM, foi oito vezes eleito deputado federal e outras três deputado estadual.
O governador Eduardo Campos decretou luto oficial de três dias em Pernambuco. Depois de ligar para a família do ex-deputado e manifestar solidariedade, Eduardo declarou que “Mendonça foi deputado federal por oito vezes e sempre teve palavra e contribuição importante para o desen-volvimento do estado. Todos os pernambucanos sentem muito a sua perda".
Uma multidão, formada por familiares, amigos, políticos, prefeitos e moradores de várias cidades do Agreste de Pernambuco, participou, na ma-nhã desta terça-feira, das últimas homenagens ao ex-deputado federal José Mendonça Filho (DEM).
O corpo seguiu em um carro aberto, uma caminhonete onde foi toda a família: viúva e filhos. O cortejo com muitas pessoas seguindo a pé, e acompanhado pela Filarmônica de Belo Jardim até o Cemitério de São Sebastião. Um carro do Corpo de Bombeiros levou as inúmeras coroas de flo-res.
Político de perfil polêmico, Senhor Presidente, o deputado federal José Mendonça Bezerra (DEM) era considerado “pai” da aliança PMDB/PFL no estado. O parlamentar começou na Arena, na época da dita-dura, com o primeiro mandato de deputado estadual, em 1966.
Ao longo da vida pública, só mudou de partido uma vez, saindo do PDS para o PFL, uma dissidência da antiga legenda favorável à eleição in-direta de Tancredo Neves. Ele foi um dos mais fiéis escudeiros do governo Jarbas e o pivô de várias polêmicas. Mendonção, como era chamado pelos correligionários, reduziu a artilharia política a partir de 2005, para não atra-palhar a vida política do filho.
Entre os políticos, ele sempre foi conhecido por rompantes, mas por sua hábil facilidade de arquivar divergências. Foi assim que ele aproximou, em 1993, os dois partidos que até então eram arqui-inimigos: o PMDB e o PFL.
Sua vida pública, de 44 anos, terminou com um discurso de sete páginas, no plenário dessa Casa.
Em seu último pronunciamento como parlamentar, ele ressaltou um aspecto raro na política atual: a importância de se ter um lado e saiu da ce-na política dizendo-se orgulhoso. “Sei o tempo de chegar e partir”`, desta-cou.
A política pernambucana perde um grande homem.
Meus pêsames a toda família, particularmente o Deputado José Men-donça Filho, o Mendoncinha.
Deputado GONZAGA PATRIOTA - PSB/PE
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